Engenharia Florestal – Bacharelado

É o ramo da engenharia voltado para o estudo e o uso sustentável de recursos florestais. O engenheiro florestal avalia o potencial de ecossistemas florestais e planeja seu aproveitamento de modo a preservar a flora e a fauna. Pesquisa e seleciona sementes e mudas, identifica e classifica espécies vegetais e procura melhorar suas características, analisando as condições necessárias a sua adaptação ao ambiente. Elabora e acompanha projetos de preservação de parques e de reservas naturais e cuida de fazendas de reflorestamento. Recupera áreas degradadas, cuida da arborização urbana e avalia o impacto ambiental de atividades humanas em uma área. Esse engenheiro também efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em sua atuação, visa à segurança e aos impactos socioambientais.

Mercado de Trabalho

O novo Código Florestal brasileiro foi aprovado, em julho de 2010, em meio a bastante polêmica. O mesmo aconteceu com a aprovação da emenda 164 do código, que estende aos estados o poder de decidir sobre atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente, em junho de 2011. Isso demonstra a importância crescente das discussões em relação à preservação e ao manejo florestal. E promete aumentar as oportunidades de trabalho para esse engenheiro, principalmente na assistência e no desenvolvimento de projetos para adaptar as propriedades rurais à nova legislação.

Entretanto, após anos de debate, indas e vindas e muita discussão política, foi publicada no Diário Oficial da União de 25 de Maio de 2012 a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (Novo Código Florestal). A lei publicada é significativamente diferente daquela aprovada no Congresso Nacional, amplamente discutida e negociada na Câmara dos Deputados.

Além de vetos de dispositivos importantes à regularização de situações consolidadas, o Poder Executivo encaminhou ao Congresso a Medida Provisória nº 571, de 2012, que altera no berço de nascimento o Novo Código Florestal. Os conflitos de pontos de vista estão longe de estarem pacificados, devendo a discussão e negociação política continuar com a análise dos vetos e da Medida Provisória pelo Congresso.

“A certificação florestal também tem aberto novas oportunidades de trabalho na forma de assessorias, consultorias e auditorias para muitos engenheiros florestais”, afirma o professor Antonio José de Araújo, do curso da Unicentro-PR. Segundo ele, outro ator importante no aquecimento do mercado de trabalho são as empresas de gerenciamento que auxiliam investidores institucionais no manejo de seus investimentos em florestas. Órgãos públicos como o Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais realizam frequentemente concursos para a contratação do profissional. Empresas privadas que prestam serviços para o governo também necessitam dessa mão de obra especializada. Quem atua nas áreas de ecologia aplicada e de manejo florestal é solicitado por companhias de reflorestamento e por produtores rurais que fazem o plantio de florestas para fins comerciais. Os postos de trabalho estão concentrados, sobretudo, nos estados do Sul e do Sudeste, com destaque para Minas Gerais, que mantém extensas áreas de reflorestamento. A implantação de novos empreendimentos no Nordeste e no Centro-Oeste também deve abrir vagas. Cresce a procura desse engenheiro na Região Norte, onde ele se dedica, principalmente, à fiscalização e a levantar o inventário de espécies vegetais. Nas indústrias de base florestal, em especial nas de papel e celulose, móveis, compensado e carvão, cresce a procura pelo especialista em tecnologia de produtos florestais. Outros nichos que vêm se expandindo são o comércio de produtos florestais, a gestão de viveiros florestais e a coleta, o estoque e a transformação do lixo urbano e industrial. Prefeituras de todo o país buscam o graduado para cuidar da arborização urbana. O profissional pode atuar ainda como assessor técnico de ONGs.

Salário inicial: R$ 3.270,00 (6 horas diárias);

Curso

As Ciências Agrárias e Biológicas estão presentes em todo o currículo, com destaque para as disciplinas que envolvem botânica, tecnologia da madeira, fisiologia vegetal, biologia celular e silvicultura. Mas o forte do curso são as técnicas e os métodos de uso racional das matas que não comprometam o ecossistema. Nessa área, as disciplinas teóricas – como conservação de recursos naturais renováveis – alternam-se com práticas de manejo florestal, ecologia aplicada em campo, atividades em laboratórios e viveiros. O estágio é obrigatório, bem como um trabalho de conclusão de curso.

Duração média:
cinco anos.

O que você pode fazer

Ecologia aplicada

Estudar e administrar parques e reservas florestais e gerenciar processos de exploração que preservem os recursos naturais. recuperar áreas degradadas.

Educação

Realizar atividades em educação ambiental e ecoturismo, incentivando as ações de preservação da biodiversidade da fauna e da flora.

Fiscalização

Supervisionar empresas que utilizem produtos de origem florestal como termelétricas a carvão, indústrias que utilizem lenha e siderúrgicas.

Manejo florestal

Elaborar, promover e supervisionar projetos de reflorestamento das espécies arbóreas para aumentar sua produtividade. Pesquisar sementes e o melhoramento genético da vegetação.

Tecnologia de produtos florestais

Pesquisar e desenvolver tecnologias para o aproveitamento, a extração e a industrialização de madeiras e de outros produtos da floresta, como óleos essenciais e resinas.

fonte: Confea; Guia do Estudante.

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