O que é a camada do pré-sal?

O que é petróleo?

Líquido oleoso, inflamável, menos denso que a água. Tem sua origem orgânica, sendo uma combinação de carbono e hidrogênio, e, em menor parte, de oxigênio, nitrogênio e enxofre, combinados de forma variável. Resultante da decomposição de material orgânico. Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se acumulando no fundo dos mares e dos lagos, sendo pressionados pelos movimentos da crosta terrestre e transformaram-se na substância oleosa que é o petróleo. Ao contrário do que se pensa, o petróleo não permanece na rocha que foi gerado – a rocha matriz – mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado para se concentrar.

As frações de petróleo seguem uma ordem:

  • · Gás (<30°C, de C1 a C4);
  • · Nafta (35-70°C, C5 a C9);
  • · Gasolina (70-140°C, de C5 a C10);
  • · Querosene (150-250°C, de C11 a C12);
  • · Óleo diesel e óleos leves (250-360°C, de C14 a C20);
  • · Óleos combustíveis (acima de 300°C, de C18 a C22);
  • · Óleos lubrificantes (400°C, de C26 a C38, incluindo óleos leves, médios e pesados);
  • · Asfalto e piche (resíduo).

 

OBSERVAÇÕES 

  • O GLP (Gás Liquefeito do Petróleo) faz parte da primeira fração do petróleo.
  • O gás de cozinha é uma mistura de gás propano e butano.
  • · A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos (de C a C). Para que essa mistura seja considerada à nível de escala, estabelecemos a escala zero para o heptano e a escala 100 para o isoctano (2,2,4-trimetilpentano). A octanagem (resistência à pressão) indica a qualidade da gasolina. Uma gasolina para ser considerada de boa qualidade, tem que ter uma octanagem superior a 50%. Uma gasolina 80 diz-se que possui 80% de isoctano e 20% de heptano. O combustível do avião é cerca de 120-130 octanas, isto é, resiste 20-30% mais que uma mistura formada apenas de isoctano. Alguns aditivos são adicionados na gasolina de avião para reduzir o risco de congelar e explodir em altas temperaturas.
  • Quanto maior as ramificações, melhor a qualidade da gasolina.

A camada pré-sal e os desafios da extração do petróleo

 A expressão “pré-sal” passou a tomar conta dos noticiários depois que a Petrobrás confirmou a existência de gigantescos campos petrolíferos armazenados na camada “pré-sal”, no fundo do mar. Especialistas estimam que as reservas encontradas apenas no campo de Tupy, na costa de São Paulo, podem ultrapassar 100 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Considerando que a Petrobrás já detectou indícios de petróleo na camada “pré-sal” desde Santa Catarina até o Espírito Santo.

 

 

Afinal, o que é a “pré-sal”?

Pré-sal é uma camada de rochas porosas localizada em torno de 7 mil metros abaixo do leito submarino, em uma faixa de 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura. A camada tem esse nome por se encontrar depois da camada de sal que a recobre. No interior da camada o petróleo e o gás ficam armazenados nos poros das rochas, sob altíssima pressão.

A temperatura onde se localiza a pré-sal é elevada, podendo atingir entre 80°C e 100°C. Aliada à alta pressão, as rochas se alteram e adquirem propriedades elásticas, ficando muito moles, o que dificulta a perfuração do poço. Para chegar até a pré-sal será necessário vencer diversas etapas com características bem diferentes. O tubo que vai da plataforma até o fundo do oceano, chamado “riser”, tem que agüentar ondas sísmicas, correntes marítimas e flutuações da base.

Umas das soluções existentes para diminuir os impactos ambientais gerados pela queima de combustíveis fósseis é a utilização da biomassa e/ou biocombustíveis.

Biomassa: É todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser utilizada na produção de energia. As crises de abastecimento de petróleo tornam importante a utilização de derivados da biomassa, como álcool, gás de madeira, biogás e óleos vegetais, nos motores de combustão. Uma das principais vantagens da biomassa é que, embora de eficiência reduzida, seu aproveitamento pode ser feito diretamente por intermédio da combustão em fornos, caldeiras etc.

O aproveitamento da biomassa pode ser feito por meio da combustão direta (com ou sem processos físicos de secagem, classificação, compressão, corte/quebra etc.), de processos termoquímicos (gaseificação, pirólise, liquefação e transesterificação) ou de processos biológicos (digestão anaeróbia e fermentação).

 Biocombustíveis: São combustíveis de origem biológica, fabricados a partir de vegetais – desde que não sejam de origem fóssil – (milho, mamona, canola, babaçu, cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, etc), do lixo orgânico, da biomassa florestal, resíduos agropecuários, dentre outros tipos. Podendo ser usado em veículos (carros, caminhões, tratores) integralmente ou misturados com os combustíveis fósseis. Por exemplo, no Brasil na gasolina é adicionado o etanol, o biodiesel está presente no combustível de alguns ônibus municipais.

A vantagem do uso dos biocombustíveis é a redução significativa da emissão de gases poluentes, sendo alternativas mais baratas, e uma fonte de energia renovável ao contrário dos combustíveis fósseis. Parte do gás carbônico liberado na queima dos biocombustíveis é absorvido pelas próprias plantas no processo da fotossíntese realizado pelas mesmas.

O etanol, por exemplo, pode emitir entre 10% a 15% menos de CO2 que a gasolina em seu processo produtivo. Tem-se como exemplo de biocombustíveis o etanol, o biogás, o biodiesel, o BTL, o óleo vegetal, dentre outros.

Os biocombustíveis são apresentados como alternativas aos combustíveis fósseis, visto que são energias renováveis. As energias são consideradas renováveis quando a sua produção ultrapassa o seu consumo. O que não acontece claramente com os combustíveis fósseis.

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