Quais são os tipos de nebulosa?

As nebulosas – nuvens formadas por gases e partículas interestelares – se dividem basicamente em seis categorias: regiões Hii, difusas, escuras, de reflexão, planetárias e restos de supernovas. Essas belas e coloridas formações fotografadas por telescópios espaciais da Nasa, estão associadas ao nascimento ou à morte de estrelas. Quando desas nuvens de gás dão origem a uma delas, por exemplo, parte do material não é utilizada e fica pairando, formando nebulosas difusas e de regiões Hll. Estrelas no fim da vida, por sua vez, ejetam, parcial ou totalmente, o gás que está dentro delas. Quando essa estrela é pequena, ejeta apenas camadas mais externas, formando nebulosas planetárias. Estrelas grandes, com 10 massas solares ou mais, explodem, gerando supernovas. O gás liberado por essas gigantes da origem a nebulosas do tipo resto de supernovas.

Planetárias

Ao se aproximarem do fim do seu ciclo, estrelas com maior massa, parecidas com a do Sol ejetam, excesso de gás, suas camadas externas uma vez livre do excesso de gás, a estrela, localizada no centro da nebulosa, fica mais quente, liberando partículas de luz (fótons). Com alta carga energética, os fótons ionizam o gás, gerando cores brilhantes, como a da nebulosa do Anel.

Restos de Supernova

Nebulosas como a do Caranguejo são formadas por partículas e gases de uma estrela gigante que explodiu dando origem a uma supernova. Como as partículas contém alta energia, ao colidir elas arrancam elétrons umas das outras, fazendo com que os fases fiquem carregados eletricamente (ionizados) e brilhantes.

Escuras

São grandes concentrações de poeira interestelar, ou seja, são grãos sólidos compostos de silicatos, ferro, gelo, etc. Em geral, fazem parte de gigantescas nebulosas difusas. A Cabeça de Cavalo, por exemplo, é apenas um detalhe que compõe o complexo de nebulosa de Orion. Algumas nebulosas escuras podem ser vistas a olho nu, como machas negras no meio da Via Láctea.

De reflexão

Nebulosas como a NGC 1999 estão associadas a estrelas mais frias, e portanto, mais velhas. Nesses casos, a energia das estrelas não é o suficiente para ionizar o gás que as envolve. O brilho, portanto, é resultado da reflexão da luz da estrela pelos grãos que formam a nebulosa. Cerca de 500 formações desse tipo já foram identificados.

Regiões Hii

A nebulosa Ômega é um exemplo clássico da categoria, que tem esse nome porque o hidrogênio (H) encontra-se ionizado. São enormes e a quantidade e variedade de elementos que as compõem faz com não tenham um formato-padrão. Em alguns casos, a aglomeração de partículas e gases faz dessas regiões um berçário de milhares de estrelas.

Difusas

Trata-se de um conjunto de nebulosas de Regiões Hii. Apesar de serem brilhantes, contém muita poeria, que acaba absorvendo luminosidade das estrelas mais próximas. Isso explica a ocorrência de faixas escuras no centro e nas laterais da nebulosa da Águia. Na imagem, é possível notar filamentos ema de cometas, associados a estrelas em formação.

Fonte: Super interessante, edição 125, junho, 2009. Consultoria: Walter Maciel, do Instituto de Astronomia da USP. Fotos: Nasa.

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