Qual é o polímero do vidro laminado dos veículos?

vidro laminadoO vidro laminado é usado nos veículos, por razões de segurança. Sua estrutura tem três camadas. As duas camadas externas, em ambas as faces, são de vidro. A camada intermediária é feita de um polímero orgânico, que adere firmemente a ambas as camadas de vidro. Se uma ou ambas as camadas quebrarem, os fragmentos de vidro permanecerão aderidos à camada polimérica, impedindo que estilhaços atinjam os ocupantes do veículo.

O polímero usado atualmente nos vidros laminados é p PVB, sigla do inglês poly (vinyl butyral). Antes de comentar a estrutura desse polímero, vamos falar sobre o poli(álcool vinílico) e sobre a reação etre aldeído e álcool produzindo acetal.

O poli(álcool vinílico) pode ser encarado, apenas do ponto de vista teórico, como o resultado da polimerização do etenol, um enol impropriamente chamdo de “álcool vinílico”.

polialcoolvinilicoEssa polimerização não é realizável, na prática, porque o enol é instável e se converte, por tautomerização, em etanal. É um equilíbrio aldo-enólico, muito deslocado no sentido do aldeído.

tautomeriaA produção do poli(álcool vinílico) pode ser feita pela hidrólise do PVA, poli (acetato de vinila):

pva

O rendimento da produção é maior quando se realiza a transesterificação com metanol, sob catálise básica. Esse é o processo geralmente empregado na produção do polímero:

reaçãoUm álcool e um aldeído podem reagir para produzir um acetal. A equação genérica é:

acetalO PVB usado nos vidros laminados é poli(álcool vinílico) em que ligações cruzadas entre as cadeias são produzidas pela reação com butanal. Daí a sigla PVB, poly(vinyl butyral), da junção de poly(vinyl alcohol) e butyraldehyde.

butanal

O polímero tem alta resistência e grande aderência ao vidro. E, com a relação adequada entre polímero e butanal, o índice de refração da camada polimérica fica igual ao do vidro! Assim, há continuidade óptica entre as três camadas e as superfícies de separação são invisíveis.

Fonte: Informe-se sobre a Química. Tito Peruzzo e Eduardo Canto . N. 26, Maio, 2009.

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